O Criança e Consumo comemora uma nova vitória no Superior Tribunal de Justiça (STJ). Nesta terça-feira (25), por unanimidade, a 2ª Turma manteve a multa de mais de R$ 305 mil aplicada à Sadia pelo Procon-SP, em 2009, por conta da campanha ‘Mascotes Sadia’ que direcionava publicidade infantil às crianças e foi denunciada pelo Criança e Consumo em 2007.
O julgamento reafirma a decisão histórica de 10 de março de 2016, que, pelo mesmo motivo, condenou a empresa Pandurata, pela campanha ‘É hora de Shrek’. Ao analisarem a publicidade da Sadia e acompanharem o voto do ministro relator Herman Benjamin, os ministros reforçaram o entendimento do Tribunal da Cidadania para o tema.
A equipe Criança e Consumo agradece a quem, ao longo desses anos, vem contribuindo para essa história!
Foto: Flickr/ Fa-Tima
Durante o lançamento do Relatório sobre o Impacto do Marketing nos Direitos Culturais, a mesa redonda abordou a importância do diálogo para transformar nossa sociedade de consumo.
Em 2013, a advogada e atual coordenadora do projeto Criança e Consumo, do Instituto Alana, Ekaterine Karageorgiadis, esteve em Nova York (EUA) para contribuir, principalmente no que tange à publicidade dirigida a crianças nas escolas, com o Relatório Sobre o Impacto do Marketing na Fruição dos Direitos Culturais, da então Relatora Especial da Organização das Nações Unidas (ONU), Farida Shaheed. Em 2014, o projeto também colaborou respondendo a um questionário sobre os temas abrangidos pelo relatório e, no mesmo ano, o documento final foi aprovado na 69ª Assembleia Geral da ONU.
Agora, em março de 2017, o Criança e Consumo lançou a versão traduzida para o português do relatório, em um evento na Unibes Cultural, em São Paulo (faça o download aqui). Participaram de uma mesa redonda Neca Setubal, Danilo Miranda e Pedrinho Fonseca, especialistas nas áreas de educação, cultura e comunicação, respectivamente. “O documento reforça nosso entendimento e traz recomendações da própria ONU para que os países proíbam todas as formas de publicidade para crianças”, explicou Ana Lucia Villela, presidente do Instituto Alana, que fez a abertura do evento. “Enquanto o consumo for considerado por uns a chave do crescimento e por outros signo de sucesso, continuaremos vivendo em uma sociedade cada vez mais desigual. O mundo não precisa mais de cidadão-consumista, precisa apenas de cidadãos”, afirmou.
Continue lendo o texto no site do Criança e Consumo.
Foto: Via Flickr
Evento no Tucarena, em São Paulo, comemorou os 10 anos do projeto e reuniu diversos amigos e parceiros importantes dessa trajetória.
Foram 10 anos de luta, histórias, discussões e conquistas. Nessa última década, o tema do consumismo infantil e a bandeira do fim da publicidade dirigida às crianças foram colocados em discussão pelo projeto Criança e Consumo, do Instituto Alana, ao lado de inúmeros parceiros. Para celebrar essa trajetória, amigos, conhecidos e interessados no debate participaram do evento comemorativo de 10 anos do projeto, no dia 14 de abril de 2016, no Tucarena, em São Paulo. Um momento para relembrar, compartilhar novos caminhos e também de reencontrar antigos companheiros.
Veja também:
– Decisão histórica: STJ proíbe publicidade dirigida às crianças
– Criança e Consumo é “história de sucesso” no Congresso da CI
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Durante o evento foi lançado o livro Criança e Consumo – 10 anos de Transformação, que traz artigos, na sua maioria inéditos, de conselheiros do projeto e especialistas que auxiliam na construção dessa história. Para coroar o momento, os conselheiros presentes participaram de uma roda de conversa mediada pela jornalista Maria Cristina Poli, na qual levaram seus olhares multidisciplinares para a questão do consumismo infantil seus impactos não somente no desenvolvimento infantil, mas na sociedade, nas famílias, no meio ambiente e na economia. (Leia mais sobre o debate aqui). Na abertura, o Grupo Teatro Livre apresentou cenas da peça Homo Shoppiens, que questiona a sociedade de consumo em que vivemos e a condição de estarmos imersos nesta lógica.
Nesse momento comemorativo e de reflexão, o Criança e Consumo segue trabalhando para ampliar o debate sobre consumismo infantil e seus impactos sociais, ambientais e econômicos nos mais diferentes âmbitos e regiões do país fazendo valer os direitos de nossas crianças.
Vida longa ao Criança e Consumo!