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Chão riscado de giz branco, com frase "25 anos do ECA". Ao fundo criança aparece pulando.

No último domingo (5 de julho) crianças, adolescentes e adultos festejaram os 25 anos do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) durante um dia cheio de brincadeiras no Largo da Batata, em São Paulo. A mobilização que ganhou o nome de “Juntos pelo Brincar” começou há alguns meses, quando diversas organizações da sociedade civil, que defendem os direitos das crianças e trabalham para promovê-los, se uniram em torno da ideia de celebrar o ECA de uma maneira lúdica.

Foram inúmeras reuniões, conversas e articulações para garantir um dia memorável com diferentes atrações para as crianças. E, mesmo sendo o dia mais frio do ano, a temperatura não espantou pessoas dispostas a ocupar o espaço público por meio do brincar. Corda, bambolê, bicicleta, pintura, giz, jogos de tabuleiros, trepa-trepa, troca de brinquedos e muitas outras atividades estavam espalhadas pelo Largo da Batata. E não foram só os pequenos que brincaram: os adultos também se divertiram com a corrida de saco, as bolinhas de sabão, a ioga, a contação de histórias e muitas outras atividades, além de serem embalados pelas músicas da Banda Alana e pelo show Brasileirinhos. Quem passou o dia inteiro por lá renovou as energias com os food bikes distribuídos pelo espaço.

A mobilização contou com o apoio da Secretaria Municipal de Direitos Humanos e Cidadania da Prefeitura de São Paulo e da Subprefeitura de Pinheiros. E foi construída coletivamente com base em três eixos importantes garantidos pelo ECA: o direito ao brincar, fundamental no desenvolvimento da criança e do adolescente; o direito à convivência familiar e comunitária como forma de inserção no meio social para que eles interajam com o mundo de maneira saudável e segura; e o direito ao espaço público para encorajar as crianças e adolescentes a se reconhecerem como cidadãos e sujeitos de direitos.

O dia foi além da diversão, a frase “Brincar é solução, redução não” no fundo do palco lembrou o momento crítico que vivemos de ameaça às conquistas do ECA. Um boneco gigante também percorreu a praça com outra mensagem importante: “Diga não ao trabalho infantil”. E uma peça de palhaços explicou para a criançada a importância do Estatuto, que virou Lei no dia 13 de julho de 1990 e foi inspirado nas diretrizes fornecidas pela Constituição Federal de 1988.

Terminada esta mobilização fica a sensação de que realizamos uma festa colorida, divertida e alto astral para comemorar os 25 anos do Estatuto da Criança e do Adolescente. E que venham outros aniversários, conquistas e cada vez mais pessoas, atores e organizações empenhados em proteger e fazer valer os direitos das crianças e dos adolescentes.

Assista ao vídeo produzido pela Secretaria de Direitos Humanos e Cidadania:

Veja fotos da comemoração:

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Foto capa: Laura Leal

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Mulheres em pé em frente a um banner do Criativos da Escola, conversando e vendo um livro.

Foi uma semana intensa de trocas, experiências e inúmeras conversas na Bahia. O Instituto Alana levou seus projetos, entre os dias 16 e 19 de junho de 2015, para o 15ª Fórum Nacional da Undime (União Nacional dos Dirigentes Municipais de Educação). No estande montado na Costa do Sauípe (BA), prateleiras recheadas com materiais explicando um pouco do trabalho do Alana, sobretudo na área de educação. No evento, mais de duas mil pessoas que representavam cerca de 1.100 municípios, entre eles, secretários de educação e gestores municipais.Undime1

Na abertura do Fórum, o Ministro da Educação, Renato Janine Ribeiro, e a Ministra de Desenvolvimento Social e Combate à Fome, Tereza Campelo, falaram sobre a necessidade dos ministérios trabalharem de forma integrada e que isso se reflita no município. Alguns resultados já podem ser vistos e sentidos: 43 milhões de crianças são alimentadas diariamente por meio da merenda escolar, o que ajudou o Brasil a sair do mapa da fome. “A colaboração intensa entre os ministérios e a rede de educação municipal é a principal responsável por capilarizar isso por todo o país”, disse Janine Ribeiro.

Tereza Campelo salientou que a parceria com os municípios é o que viabiliza a realização dessa e de outras políticas sociais como o Bolsa Família, que atrela o benefício à educação. Na avaliação da Ministra, o Brasil vem avançando na agenda social, mas ainda há muito a fazer. “Queremos toda criança na escola. Garantir isso é um esforço para o próximo período”, ressaltou a ministra.

Durante a semana, entre os secretários e gestores que passaram pelo estande do Alana, muitas conversas e boas parcerias. Entre eles, levas de apaixonados pelo Território do Brincar, muita gente profundamente inspirada pelo Outro Olhar e dezenas de secretários empolgados com a possibilidade de reconhecer os professores de suas redes que estão incentivando seus alunos a levarem adiante projetos de transformação, para inscrevê-los no Desafio Criativos da Escola.

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Como forma de inspirar mais gente a se unir ao movimento, a equipe do Alana conduziu, no dia 18, uma oficina de Design Thinking aplicado à Educação: uma oportunidade para aprofundar a abordagem que norteia o Criativos e refletir sobre os desafios que cada município enfrenta.

Muitas conversas só começaram. O Alana espera agora levar essas trocas adiante, com a certeza de que há muito a ser feito.

Informações obtidas no site da Undime.

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Foto de Rodrigo Libanio com elásticos nas mãos

Na última quarta, 24 de junho, o Instituto Alana recebeu em sua sede o educador e brincante mineiro Rodrigo Libanio Christo, que há mais de 40 anos se aventura no universo dos brinquedos e brincadeiras, explorando toda a sua magia e possibilidades.

Acompanhado de sua esposa, Michela Van Doornik, Libanio transportou a equipe Alana para o universo da infância. Brincadeiras de roda, cantigas, construção de brinquedos e um mergulho no mundo dos barbantes levaram todos ao encontro com sua própria criança. Para Rodrigo, esse é o grande presente da brincadeira: “A criança é inteira sentido e, conforme vamos crescendo, vestimos máscaras, que vão formando a nossa persona. Brincar é resgatar o que de mais profundo vive em nós”.

O educador acredita que todos aqueles que lidam com crianças deveriam, pelo menos uma vez ao mês, se entregar à brincadeira como forma de autoconhecimento: “Para educadores, é indispensável um tempo para trabalhar consigo mesmo, pois o desenvolvimento pessoal do adulto é fundamental para o contato com o universo lúdico da criança”.

Vivências como a que Rodrigo trouxe ao Instituto Alana buscam proporcionar exercícios de alegria, integração, conhecimento e relaxamento e, além disso, também despertam uma sensibilidade profunda, que nos leva a refletir sobre os caminhos que devemos seguir para cuidar de nossas crianças. Para a equipe Alana, que trabalha diariamente na busca por honrar a criança e defender seus direitos, vivências como essa são revigorantes.

Ao final da manhã, recuperamos a sensação gostosa daquele cansaço que toma conta do corpo após tantas brincadeiras e alegria. Um cansaço comum à infância, e que se torna tão raro na vida adulta.

Para fechar a vivência, recebemos a visita do escritor Frei Betto, irmão de Rodrigo e Conselheiro do Instituto Alana.

Para conhecer o trabalho de Rodrigo e Michela, acesse o canal da dupla no Youtube. Juntos, eles também dirigem a Oficina Voluntários Brincantes de jogos e brinquedos.

Veja fotos da vivência no Alana:

 

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