Author: safira

Logo do evento "No chão da escola” e colagem em preto e branco de criança com os dedos enquadrando o horizonte

Acreditamos no potencial do cinema como ferramenta de transformação. Afinal, os filmes podem despertar em nós novas reflexões sobre o mundo. Além disso, têm a capacidade de mobilizar pessoas a protagonizar narrativas de mudança em suas comunidades e escolas. 

Para refletir sobre pontos de encontro entre o audiovisual e a educação, o Instituto Alana celebra o dia dos professores com a estreia da iniciativa “No Chão da Escola”. O evento tem patrocínio do Videocamp. 

O encontro online aconteceu no dia 15 de outubro, das 19 às 21 horas. Ele contou com recursos de acessibilidade (legendagem em tempo real e intérprete de libras) e com a presença de profissionais da educação básica, cultura, cinema e direitos humanos. São eles:

  • Sônia Beatriz dos Santos, professora da Faculdade de Educação da UFRJ; 
  • Day Rodrigues, cineasta, pesquisadora e educadora; 
  • Val Lima, coordenadora de formação do Instituto Criar de TV, Cinema e Novas Mídias; 
  • Adriana Fresquet, professora da Faculdade de Educação da UFRJ;
  • Felipe Barquete, fundador e coordenador do Semente Cinematográfica;

Também participaram como mediadoras do evento a coordenadora de educação do Instituto Alana, Raquel Franzim, e a coordenadora da plataforma Videocamp, Josi Campos.   

Se a criança é nossa prioridade. E quem educa deve receber também toda a nossa dedicação. A iniciativa do Instituto Alana busca fomentar encontros e produtos que valorizem e invistam na formação continuada de profissionais da educação básica. Essa primeira formação do evento No Chão na Escola marca o início de muitas outras ações que estão por vir. 

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Cinema e educação: sites para se aprofundar

  • App “Caixa de Inspiração” – construído em agosto de 2020 para compartilhar materiais gratuitos, em diversos formatos, relacionados ao tema da educação audiovisual:  https://bit.ly/Caixa_Semente
  • Programa de Apoio em Educação Audiovisual – concebido com o objetivo de compartilhar saberes e ferramentas de trabalho, além de oferecer apoio pedagógico aos educadores da educação básica. Sua primeira edição foi 100% online e gratuita. O programa ocorreu em agosto de 2020, após uma campanha de escuta de mais de 200 profissionais da educação de todo o país durante a pandemia. Todo o conteúdo da primeira edição está disponível no site: https://bit.ly/Site_ProgramadeApoio
  • Inventar com a Diferença: cinema, educação e direitos humanos –  site que busca compartilhar saberes e práticas para que todos aqueles interessados em levar o cinema e os direitos humanos para a educação possam fazê-lo: http://www.inventarcomadiferenca.com.br

> Cadernos do Inventar –  material oferece uma formação básica para realização de oficinas de cinema ligada aos direitos humanos nas escolas: https://www.academia.edu/30703627/Cadernos_do_Inventar_com_Diferença

  • Canal Semente Cinematográfica – Canal no Youtube com mais de 40 filmes feitos em escolas e ONGs, além de reflexões e materiais de referência na área: http://bit.ly/Semente_CanalYoutube

Em especial, destacamos três filmes:

> Carta-semente (2020) https://youtu.be/J46_8wR_5gg

[Filme-carta – 38 min – João Pessoa/PB – 2020] 

Sinopse: Uma carta audiovisual feita com fragmentos das experiências de educadoras e educandos durante a realização do projeto Cartografia de imagens, que implementou 4 Escolas Vivas de Cinema no Estado da Paraíba.

> Rio de Memórias (2019) https://youtu.be/hoCkhAZPO8c

[Documentário – 14 min – Paraíba – 2019]

Sinopse: As crianças do quilombo Gurugi-Ipiranga (Conde/PB) te convidam para uma imersão audiovisual nos rios e nas memórias da comunidade sobre um modo de vida integrado com a natureza.

> A roda das gerações do coco (2018)https://youtu.be/iuDmp-RTN6c 

[Documentário – 17 min – Paraíba – 2018]

Sinopse: A dança de roda que cria e une gerações – o encontro das crianças do grupo Clamores Antigos com os mais velhos integrantes do coco de roda Novo Quilombo, da comunidade quilombola Gurugi-Ipiranga (Conde/PB).

Artigos e livros

Artigos

Livros

Paisagem com a região do Jardim Pantanal visto de cima. Na imagem há várias casas e ao fundo há o céu azul

Situado na Zona Leste de São Paulo, o Jardim Pantanal tem recebido atenção especial do Instituto Alana há 26 anos. A principal missão é fomentar o desenvolvimento da comunidade por meio do programa Espaço Alana. Desse modo, é possível contribuir com o futuro das famílias da região, que vivem em contexto de vulnerabilidade social.

As ações prioritárias envolvem criação de estratégias, em conjunto com os moradores, para reivindicar políticas públicas. Para alavancar esse processo, o Alana desenvolveu, em 2019, alguns estudos sobre o território.

Foram analisados dados sobre habitação, concentração de empregos, mobilidade, renda e oferta de equipamentos públicos de saúde, educação e cultura.

As informações obtidas com os estudos sobre o Jardim Pantanal resultaram na elaboração de um diagnóstico socioeconômico e físico-territorial do bairro. Além disso, foi produzido um diagnóstico jurídico, com intuito de iniciar um processo de regularização fundiária. 

Ambas as consultorias técnicas evidenciam altos índices de vulnerabilidade e a latente necessidade de apoio do poder público. 

Como forma de complementar as leituras territoriais, foram levantados os projetos existentes para a região e que propõem estratégias, diretrizes ou intervenções físicas que podem influenciar a área.

Diagnósticos do Alana no Jardim Pantanal

>>Acesse o diagnóstico jurídico completo: http://bit.ly/diagnostico_jurídico

>>Acesse o diagnóstico socioeconômico e físico-territorial completo: http://bit.ly/socioeconomico_territoria

Mais do que identificar as complexidades e os desafios do território, o Instituto Alana busca o diálogo com diferentes atores, como moradores, instituições da sociedade civil e órgãos públicos, para que juntos contribuam para a melhoria da qualidade de vida e bem-estar socioambiental do Jardim Pantanal, operando na garantia de direitos – sobretudo do direito à cidade.

Foto: Márcia Duarte

Texto: infância plastificada. Desenho de setas formando círculo com alguns desenhos, como um brinquedo de plástico e uma TV

Publicidade, desejo, consumo e descarte. Essa é a relação direta encontrada pela pesquisa “Infância Plastificada: O impacto da publicidade infantil de brinquedos plásticos na saúde de crianças e no ambiente”. O estudo é pioneiro no assunto e revela que 90% dos brinquedos no mundo são feitos a partir de algum tipo de plástico. Muitos desses materiais contêm substâncias tóxicas e potenciais causadoras de cânceres e problemas hormonais.

“Quando a gente entra no quarto de uma criança pode acontecer de ter aquela famosa caixa de brinquedos. Ao abri-la, você consegue sentir o odor dos voláteis e inala diversos componentes”, descreve a coordenadora da pesquisa, Vânia Zuin. Professora e química, ela esteva na conversa de lançamento da publicação, organizada pelo Criança e Consumo. O evento ocorreu durante a Semana Sem Plástico. 

Descartabilidade

Estima-se que, no Brasil, entre 2018 e 2030, sejam produzidos 1,38 milhão de toneladas de brinquedos de plástico. E apenas no mercado formal. Muitos deles são compostos também por pigmentos, brilho, glitter, entre outros. Isso torna o processo de separação de materiais para reciclagem ainda mais complexo, caro e inviável. Além disso, o produto pode permanecer no meio ambiente por séculos. 

As embalagens geram problemas ao meio ambiente pela sua rápida descartabilidade. O estudo estimou a geração de 582 mil toneladas de plástico, nos mesmos doze anos, no país.

“Metade de todo o plástico produzido na história da humanidade foi feito nos últimos 15 anos. Então, o problema é muito recente. Quando a gente olha para a questão do consumismo, principalmente na infância, é importante pensar quais são os valores e hábitos que estamos passando para as crianças. Estamos passando a descartabilidade de materiais, bem como da vida, pois contaminamos outras seres humanos, animais marinhos e o meio ambiente todo”, alerta JP Amaral, mobilizador do Criança e Consumo. 

Indústria de brinquedos de plástico

A indústria de brinquedos tem alimentado a cultura de consumo e descarte desenfreado de plástico por meio de estratégias de marketing direcionadas às crianças. No entanto, no Brasil, a publicidade infantil é considerada ilegal e abusiva. Ainda assim, o setor de brinquedos é campeão de anúncios dirigidos a este público, principalmente em plataformas digitais e canais infantis da TV a cabo.

Assim, a publicação ressalta soluções possíveis a fim de propor caminhos que contribuam para proteger as crianças e o meio ambiente. Entre elas estão a efetiva proibição da publicidade infantil e o desenho de novos brinquedos verdes e sustentáveis. Além disso, o estímulo à economia circular, o brincar livre na natureza e o incentivo à troca de brinquedos.

A pesquisa foi conduzida pelo Grupo de Estudos e Pesquisa em Química Verde, Sustentabilidade e Educação (GPQV), da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), a pedido do Programa Criança e Consumo, do Instituto Alana.

Acesse aqui a pesquisa completa. 

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