O mundo digital é um espaço que oferece oportunidades de conexão e socialização com os amigos, familiares e até mesmo com as escolas. Mas, apesar de ter se fortalecido no atual cenário causado pela pandemia do coronavírus, esse ambiente também traz desafios e riscos para o desenvolvimento pleno das crianças e adolescentes.
Para contribuir e auxiliar famílias e educadores, o Instituto Alana realiza o evento “Ser Criança no Mundo Digital – série de conversas online”. A iniciativa tem o apoio do Núcleo de Informação e Coordenação do Ponto BR (NIC.br), da SaferNet, e do portal Lunetas. Os diálogos serão transmitidos no link sercrianca.oldsite.alana.org.br e terão recursos de acessibilidade (intérprete de Libras e legenda em tempo real).
No total, seis conversas abordam temas relacionados ao uso da tecnologia por crianças e adolescentes. Além disso, é discutido o papel da família, das escolas, do Estado, das empresas e de plataformas de tecnologia no mundo digital.
A estreia da série de conversas acontece no dia 26 de junho, às 17h. Os encontros seguintes serão nos dias 03, 17 e 24 de julho e 07 e 14 de agosto. Cada mesa conta com a participação de especialistas das áreas da educação, psicologia, tecnologia e direito, que dialogam e respondem perguntas do público.
Acesse a playlist com todos os episódios: https://bit.ly/sercrianca_eps
“Ser criança no mundo digital”: confira a programação
26 de junho, às 17h – “Crianças no mundo digital: oportunidades e desafios”
Apresentará um panorama geral do tema e os impactos da relação da criança com as tecnologias digitais em seu desenvolvimento integral. Com Vera Iaconelli, doutora em Psicologia pela USP; Rodrigo Nejm, diretor de educação da Safernet; e mediação de Carolina Pasquali, jornalista e diretora executiva do Instituto Alana.
>>Assista na íntegra no Youtube: https://bit.ly/sercrianca_ep1<<
3 de julho, às 17h – “O papel das famílias na relação da criança com o mundo digital”
O bate-papo abordará os caminhos que as famílias podem seguir para construir uma relação saudável, criativa e segura das crianças com a internet. Com Karina Menezes, pedagoga, presidente do Raul Hacker Club de Salvador Bahia e idealizadora do Projeto Crianças Hackers; Roberta Ferec, escritora, autora do livro “Tela com cautela” e mediação de Maria Isabel de Barros, pesquisadora do programa Criança e Natureza, do Instituto Alana.
>>Assista na íntegra no Youtube: https://bit.ly/sercrianca_ep2<<
17 de julho, às 17h – “A participação das crianças no mundo digital”
Abordará os modos de ser, conviver e participar deste ambiente e a importância de estimular a cidadania digital. Com Inês Vitorino, Doutora em Ciências Sociais pela Universidade Estadual de Campinas; Ariane Cor, cofundadora do Minas Programam e mediação de Raquel Franzim, coordenadora da área de Educação do Instituto Alana.
>>Assista na íntegra no Youtube: https://bit.ly/sercrianca_ep3<<
24 de julho, às 17h – “Tecnologia como oportunidade de educação para todos”
O diálogo será sobre tecnologia na eliminação de barreiras sociais e os diversos caminhos de aprendizagem. Com Rita Bersch, mestre em design pela UFRGS, com pesquisa na área de Tecnologia Assistiva; Odara Delé, professora da rede estadual de ensino de São Paulo e criadora do projeto e aplicativo Alfabantu; e mediação de Raquel Franzim, coordenadora da área de Educação do Instituto Alana.
>>Assista na íntegra no Youtube: https://bit.ly/sercrianca_ep4<<
7 de agosto, às 17h – “Como garantir os direitos das crianças no mundo digital?”
Será abordado a responsabilidade do desenvolvimento produtos e serviços que assegurem uma experiência digital ética, segura e criativa para toda criança. Com Marina Pita, Coordenadora do Intervozes; Paulo Rená, mestre em Direito, Estado e Constituição pela Universidade de Brasília; com mediação de Renata Assumpção, responsável pelos estudos de desigualdade e infâncias do Instituto Alana.
>>Assista na íntegra no Youtube: https://bit.ly/sercrianca_ep5<<
14 de agosto, às 17h – “Exploração comercial da criança no mundo digital”
O diálogo será sobre as garantias de proteção dos dados das crianças frente à exploração de todo tipo, inclusive comercial. Com Danilo Doneda, advogado e professor; Kelli Angelini, mestre em Direito Civil pela PUC-SP e gerente da Assessoria Jurídica do NIC.br; e mediação de Isabella Henriques, advogada e diretora executiva do Instituto Alana.
>>Assista na íntegra no Youtube: https://bit.ly/sercrianca_ep6<<
>> Saiba mais em: sercrianca.oldsite.alana.org.br
O Brasil ocupa a segunda posição no ranking de países com maior número de ocorrências de Exploração Sexual Infantil. A informação é da organização Freedom Fund, dedicada ao combate à escravidão no mundo. Assim, em tempos de isolamento social e maior invisibilidade das crianças em suas comunidades, esse tema ganha ainda mais relevância.
Então, para ampliar o debate, lançamos em 18 maio de 2020, o documentário “Um Crime Entre Nós”. O material é produzido pela Maria Farinha Filmes e dirigido pela cineasta Adriana Yañez. Não à toa, a data de estreia marca o Dia Nacional de Combate ao Abuso e à Exploração Sexual Infantil.
No Brasil, de acordo com o Anuário Brasileiro de Segurança Pública, a cada hora, quatro meninas de até 13 anos são estupradas. A maior parte delas tem até cinco anos, 90% dos casos acontece em casa e 72% das testemunhas não denunciam.
Idealizado pelo Alana e pelo Instituto Liberta -organização dedicada ao enfrentamento desse tipo de violência-, o documentário reúne a youtuber Jout Jout, Luciano Huck, Dráuzio Varella e a pesquisadora inglesa de pornografia, Gail Dines, em uma investigação. O roteiro passa por mundos reais e virtuais, jogando luz a um tema considerado tabu na sociedade.
Além do relato de vítimas, “Um Crime Entre Nós” traz informações sobre exploração sexual infantil. No filme, você ainda acessa opiniões de ativistas, sociólogos, educadores e psicólogos sobre o tema.
A exploração sexual infantil no Brasil soma 500.000 casos por ano, de acordo com a Childhood Pela Proteção da Infância.
A pré-estreia do documentário ocorreu no 4º Fórum sobre Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes, com transmissão pelo site do jornal Folha de S. Paulo. A apresentação foi acompanhada por um debate, mediado pela advogada e presidente do Instituto Liberta, Luciana Temer. Participaram a diretora Adriana Yañez, a jornalista Eliane Trindade, o advogado do Instituto Alana, Pedro Hartung, e Amanda Cristina Ferreira, da Rede ECPAT do Brasil.
A estreia de “Um Crime Entre Nós” contou com o apoio das principais instituições que atuam na proteção dos direitos da infância no Brasil. Entre elas, Childhood Brasil, Cedeca Bahia, Oficina de Imagens, Plan International Brasil, Comitê Nacional de Enfrentamento à violência sexual contra crianças e adolescentes, ECPAT Brasil e IACAS.
Pessoas e instituições precisam se unir para proteger crianças e adolescentes, prioridade absoluta segundo o artigo 227 da Constituição Federal.
Sobretudo, o filme traz um olhar provocativo e se soma à luta pelo fim da violência e exploração sexual infantil. Seu conteúdo apresenta mais uma oportunidade de perceber que só vamos resolver nossos problemas sociais se pessoas e instituições se unirem para proteger as crianças. Ou seja, colocando-as como nossa prioridade absoluta, como previsto no artigo 227 da Constituição Federal.
Durante a quarentena, animação narra ideias de crianças sobre o coronavírus e sonhos para um mundo pós-pandemia
Medo, incerteza e insegurança em relação ao futuro são alguns dos sentimentos relatados por adultos durante a quarentena. Mas e as crianças, como elas estão se sentindo diante das transformações de rotina trazidas pela pandemia de covid-19? O Portal Lunetas, iniciativa do Instituto Alana, decidiu investigar e fez um convite especial para ouvi-las.
O que estão gostando e o que não estão gostando no isolamento domiciliar? Afinal, quais são seus sonhos e desejos para o futuro? O resultado dessas expectativas se tornou um vídeo colorido, divertido e cheio de esperança, narrado pelas próprias crianças.
Entre os depoimentos que acompanham a animação, estão desejos inesperados como o de uma criança que promete nunca mais ter medo de ir à escola quando a quarentena passar. Outra está gostando da possibilidade de ter tempo “para ter tempo”.
Também se ouve a menina que está entediada de ficar em casa, porque não pode estar com quem ela ama. E aquela que não vê a hora de ir para a rua e abraçar todo mundo. Acima de tudo, as vozes esquentam o coração e o olhar das crianças sobre a pandemia traz uma esperança de solidariedade:
“Meu sonho é que as pessoas tenham dinheiro para se alimentar”
A gravação faz parte do especial “Coronavírus: o mundo em suspensão”, uma série de conteúdos que traz percepções sobre pandemia e infância. Ela contém vídeos, reportagens, entrevistas, lista de atividades, bem como análises e opiniões. O objetivo é refletir sobre este momento e pensar que futuro construir para as próximas gerações.
Em suma, os conteúdos abordam o papel da escola neste período de distanciamento social, recomendações para falar com as crianças sobre o que está acontecendo no mundo, efeitos da pandemia sobre famílias de diferentes classes sociais Brasil afora e a importância de escutar e observar as crianças – seus comportamentos e brincadeiras – para saber como estão vivenciando a chegada da pandemia.