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Foto de Rodrigo Libanio com elásticos nas mãos

Na última quarta, 24 de junho, o Instituto Alana recebeu em sua sede o educador e brincante mineiro Rodrigo Libanio Christo, que há mais de 40 anos se aventura no universo dos brinquedos e brincadeiras, explorando toda a sua magia e possibilidades.

Acompanhado de sua esposa, Michela Van Doornik, Libanio transportou a equipe Alana para o universo da infância. Brincadeiras de roda, cantigas, construção de brinquedos e um mergulho no mundo dos barbantes levaram todos ao encontro com sua própria criança. Para Rodrigo, esse é o grande presente da brincadeira: “A criança é inteira sentido e, conforme vamos crescendo, vestimos máscaras, que vão formando a nossa persona. Brincar é resgatar o que de mais profundo vive em nós”.

O educador acredita que todos aqueles que lidam com crianças deveriam, pelo menos uma vez ao mês, se entregar à brincadeira como forma de autoconhecimento: “Para educadores, é indispensável um tempo para trabalhar consigo mesmo, pois o desenvolvimento pessoal do adulto é fundamental para o contato com o universo lúdico da criança”.

Vivências como a que Rodrigo trouxe ao Instituto Alana buscam proporcionar exercícios de alegria, integração, conhecimento e relaxamento e, além disso, também despertam uma sensibilidade profunda, que nos leva a refletir sobre os caminhos que devemos seguir para cuidar de nossas crianças. Para a equipe Alana, que trabalha diariamente na busca por honrar a criança e defender seus direitos, vivências como essa são revigorantes.

Ao final da manhã, recuperamos a sensação gostosa daquele cansaço que toma conta do corpo após tantas brincadeiras e alegria. Um cansaço comum à infância, e que se torna tão raro na vida adulta.

Para fechar a vivência, recebemos a visita do escritor Frei Betto, irmão de Rodrigo e Conselheiro do Instituto Alana.

Para conhecer o trabalho de Rodrigo e Michela, acesse o canal da dupla no Youtube. Juntos, eles também dirigem a Oficina Voluntários Brincantes de jogos e brinquedos.

Veja fotos da vivência no Alana:

 

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Crianças em frente a diversas telas de televisão

As crianças brasileiras têm ocupando cada vez mais o tempo fora da escola na frente da televisão. Em 2004 o tempo médio por dia de exposição à TV foi de 4h43, ao longo dos anos esse número aumentou e em 2014 chegou a 5h35. Os dados foram obtidos a partir do Painel Nacional de Televisão, do Ibope Media, que registrou a evolução do tempo dedicado à TV (canais abertos e fechados, não inclui os programas assistidos sob demanda) por crianças e adolescentes entre 4 e 17 anos de todas as classes sociais em 15 regiões metropolitanas do Brasil..

Os dados revelam uma situação critica na maneira como as crianças estão se “alimentando pedagogicamente”, alerta a psicoterapeuta infantil e conselheira do Projeto Criança e Consumo, Ana Olmos. “A criança fica passiva em frente à televisão, como se dispusesse do desejo de sujeito, fica como objeto em relação à televisão, pois se trata de uma mídia sem interatividade”, aponta. “Há outros alimentos pedagógicos que as crianças precisam ingerir na sua fase de desenvolvimento, como atividades físicas e brincadeiras”, completa.

Além disso, a “televisão com seus conteúdos multifacetados afasta a possibilidade da criança ficar sozinha consigo mesmo, um aprendizado fundamental para a vida toda”, esclarece a psicoterapeuta infantil. “São esses contatos diários com a realidade, nas brincadeiras, nos estudos e nas atividades físicas, por exemplo, que vão auxiliar o desenvolvimento da criança, principalmente nas funções cognitivas, como a concentração, por isso é muito importante diminuir o tempo da criança na frente da TV”, explica.

Outra questão preocupante é que quanto mais tempo na frente da televisão, maior a quantidade de publicidade que a criança entra em contato. A publicidade dirigida ao público infantil contribui para o agravamento de questões como obesidade infantil, erotização precoce e consumo de álcool e tabaco, estresse familiar, violência e diminuição do brincar. Considerando também que a criança brasileira é a que passa mais tempo na internet (Softwares Symantec, 2010), sobra pouco tempo para brincar, estudar e assim se desenvolver plenamente.

Foto: Via Flickr Tory

 

 

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Página inicial do site com a foto de uma criança escrevendo e o texto: PL5921. Mobilize-se. Envie um email aos deputados.

O Projeto de Lei 5921, que regula a publicidade infantil, está na Câmara dos Deputados desde 2001 e deve ser votado pela Comissão de Constituição, Justiça e de Cidadania (CCJC) nas próximas semanas; projeto Criança e Consumo, do Instituto Alana, lança site pela mobilização social

A Comissão de Constituição, Justiça e de Cidadania (CCJC) da Câmara dos Deputados Federais, deve colocar em votação nas próximas semanas o Projeto de Lei 5.921/2001, de autoria do deputado Luiz Carlos Hauly (PSDB/PR), que busca a restrição do direcionamento de publicidade a crianças com até 12 anos de idade. O PL está em tramitação na Câmara há 14 anos e aguarda o parecer do deputado relator Arthur Maia (SD/BA) sobre sua constitucionalidade para ser votado pelos membros da CCJC.

O PL 5.921/2001 é o Projeto de Lei mais relevante sobre o tema da publicidade infantil. Por isso, o projeto Criança e Consumo, do Instituto Alana, lança o site publicidadeinfantilnao.org.br, que tem como um dos objetivos mobilizar a sociedade em torno do tema.

Na aba Mobilize-se, o internauta pode mandar um e-mail padrão para todos os deputados da CCJC pedindo a aprovação do PL nos termos do texto aprovado em 2008, na Comissão de Defesa do Consumidor, de autoria da então deputada Maria do Carmo Lara. O Instituto Alana entende que o texto é o que melhor protege a criança, pois prevê a proibição de qualquer comunicação mercadológica dirigida ao público de até 12 anos de idade.

O site ainda explica em detalhes todo o histórico do PL 5.921, por meio de uma linha do tempo que mostra, ano a ano, o desenrolar de todo o processo da tramitação do projeto. Ali é possível ver, por exemplo, as audiências públicas, as tentativas de conciliação, as mudanças de relatores, a publicação em 2014 da Resolução 163 do Conselho Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente (Conanda) considerando abusiva a publicidade dirigida às crianças.

Acesse o site publicidadeinfantilnao.org.br

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