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Mão fazendo um desenho em uma folha branca, com tintas verde, vermelho, azul e amarelo.

As Redes Nacionais de Defesa de Direitos Humanos com atuação na área dos direitos da criança e do adolescente lançaram uma Carta Aberta contra as ameaças de retirada de direitos, diante do contexto político atual. No documento, as Redes reafirmam a importância da articulação da sociedade civil para evitar retrocessos. Clique aqui para acessar o documento.

“Nesse sentido, ressaltamos que só a permanente articulação da sociedade civil, com a unidade e a mobilização de associações, fóruns, movimentos e redes, conjugando seus esforços e assegurando a construção coletiva, poderá fazer enfrentamento à retirada de direitos e aos possíveis retrocessos”, diz um trecho do documento.

O texto é assinado pela Associação Nacional dos Centros de Defesa da Criança e do Adolescente/ Seção Brasil da Defence for Children International e Representante na REDLAMYC, Comitê Nacional de Enfrentamento da Violência Sexual contra Crianças e Adolescentes, Fórum Nacional de Defesa dos Direitos da Criança e do Adolescente – FNDCA, Fórum Nacional de Prevenção e Erradicação do Trabalho Infantil – FNPETI, Rede ECPAT Brasil Pelo Fim da Exploração, Abuso Sexual e Tráfico de Crianças e Adolescentes, Movimento Nacional de Direitos Humanos (MNDH), Rede Não Bata, Eduque e Rede Nacional da Primeira Infância. A seguir a íntegra da Carta Aberta.

CARTA ABERTA DAS REDES NACIONAIS DE DEFESA DE DIREITOS HUMANOS DE CRIANÇAS E ADOLESCENTES

1 – As Redes Nacionais de Defesa de Direitos Humanos, com atuação especial na temática de Direitos de Crianças e Adolescentes, bem como as demais organizações da sociedade civil, vem, reafirmando o compromisso com a área da infância e juventude, tornar pública a presente Carta.

2 – Obtivemos conquistas e promovemos avanços na última década.

3 – Ainda restam desafios a serem superados para a proteção integral e a garantia de direitos de crianças e adolescentes.

4 – As conquistas e avanços, resultados de ampla mobilização social de setores que defendem esse segmento estão ameaçados em decorrência de propostas tendentes à redução da maioridade penal, à redução da idade mínima pra o trabalho, de retirada de direitos sociais de crianças e adolescentes, de desmonte de programas de transferência de renda e projetos contra os direitos sexuais e reprodutivos, entre outros.

5 – Em referida conjuntura de fragilidades, é inaceitável o enfraquecimento da Política de Direitos Humanos e em especial de Promoção dos Direitos da Criança e do Adolescente.

6 – Esse lamentável retrocesso, que acentua a invisibilidade da pauta de direitos humanos de crianças e adolescentes, assim como o contexto de pautas antidemocráticas leva-nos à registrar o público posicionamento.

7 –Posicionamo-nos pelo aprofundamento da democracia, que necessariamente passa pela redução das desigualdades sociais e pela ampliação de direitos, principalmente de crianças e adolescentes, dos povos tradicionais, indígenas, do campo.

8 – Somos inteiramente contrários a toda forma de corrupção, sobretudo aquela decorrente de um sistema econômico que mercantiliza a vida de crianças e adolescentes.

9 – Ressaltamos que a garantia de direitos humanos de crianças e adolescentes não pode ser enfraquecida ou esvaziada. Nesse sentido defendemos a ampliação da participação de crianças e adolescentes em todos os espaços de decisão que impactam as suas vidas.

10 – Reforçamos que o Sistema de Garantia de Direitos (SGD) precisa ser fortalecido em investimentos e cumprimento da legislação vigente. Sobretudo, o fortalecimento dos conselhos de direitos e dos conselhos tutelares, instâncias conquistadas a partir de processos democráticos.

11 – Nesse sentido, ressaltamos que só a permanente articulação da sociedade civil, com a unidade e a mobilização de associações, fóruns, movimentos e redes, conjugando seus esforços e assegurando a construção coletiva, poderá fazer enfrentamento à retirada de direitos e aos possíveis retrocessos.

12 – Reafirmamos a coesão e a unidade em torno da construção da Política de Direitos Humanos e de Promoção dos Direitos da Criança e do Adolescente, privilegiando o Fórum Nacional de Direitos da Criança e do Adolescente (Fórum Nacional DCA) como espaço de articulação e mobilização das distintas organizações de direitos humanos, por meio de suas redes estaduais e locais, bem como da articulação com outras redes nacionais, reafirmando a sua legitimidade e resistindo às dissensões que acabam por vulnerabilizar a pauta de direitos e conquistas.

Assinam:

  • Associação Nacional dos Centros de Defesa da Criança e do Adolescente/ Seção Brasil da Defence for Children International e Representante na REDLAMYC
  • Comitê Nacional de Enfrentamento da Violência Sexual contra Crianças e Adolescentes
  • Fórum Nacional de Defesa dos Direitos da Criança e do Adolescente – FNDCA
  • Fórum Nacional de Prevenção e Erradicação do Trabalho Infantil – FNPETI
  • Rede ECPAT Brasil Pelo Fim da Exploração, Abuso Sexual e Tráfico de Crianças e Adolescentes
  • Movimento Nacional de Direitos Humanos (MNDH)
  • Rede Não Bata, Eduque
  • Rede Nacional da Primeira Infância

(Informações: Rede Ecpat Brasil)

Foto: Via Flickr

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Banner do filme "O Começo da Vida", homem segurando um bebe no colo.

Longa metragem “O Começo da Vida”, dirigido por Estela Renner, aborda descobertas da neurociência sobre os primeiros anos de vida; documentário está disponível pela plataforma VIDEOCAMP

Antes de tudo: você sabia que cuidar bem dos primeiros anos de vida impacta diretamente o futuro da humanidade? Recém-lançado pela produtora Maria Farinha Filmes, “O Começo da Vida” aborda as descobertas da neurociência sobre o início da primeira infância.

O filme mostra que os bebês se desenvolvem não apenas a partir de seu DNA, mas da combinação entre sua carga genética e as relações com aqueles que os rodeiam. Além disso, apresenta entrevistas com especialistas e visita a famílias de diferentes culturas e classes sociais.

De acordo com Estela Renner, diretora do longa, “os registros emocionais tanto para o bem quanto para o mal têm um peso muito maior neste período. É um momento de formação, criação e  estruturação da pessoa”, diz.

A primeira infância é um momento de formação, criação e estruturação da pessoa

Gravado no Brasil e outros oito países, novo documentário da diretora Estela Renner entrou em cartaz em 21 cidades brasileiras. “O Começo da Vida” é uma produção da Maria Farinha Filmes. Ele é apresentado pela Fundação Maria Cecilia Souto Vidigal, Fundação Bernard Van Leer, Instituto Alana e o Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef). 

“O Começo da vida”: convite para olhar a primeira infância

Criado para difundir o cinema como ferramenta de transformação social, a plataforma online e gratuita VIDEOCAMP disponibilizou o filme para exibição públicas, nas cidades em que não estava em cartaz. Nos primeiros quatro dias, todas as sessões lotaram e 500 exibições foram marcadas pela plataforma.

“A mensagem do filme é a de que se mudarmos o começo da história, mudamos a história inteira. Por isso, o VIDEOCAMP e o longa estão juntos para levar essa ideia para o maior número de pessoas em diferentes lugares.” Quem explica é a diretora de Comunicação do Instituto Alana, Carolina Pasquali. 

Se mudarmos o começo da história, mudamos a história inteira.

A plataforma disponibilizará o filme dublado em seis idiomas, bem como legendado em 21 línguas. Além disso, oferecerá acessibilidade em LIBRAS, closed caption e audiodescrição, no aplicativo MovieReading para smartphones e tablets.

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Imagem mostra crianças brincando na natureza. Foto de montanhas, e ilustração de dois meninos "mergulhando" no céu.

A distância das crianças com a natureza vem aumentando nas últimas décadas com a urbanização desenfreada, o uso exagerado dos aparelhos eletrônicos e a destruição contínua das áreas verdes. As crianças estão passando mais tempo em ambientes fechados, crescem muitas vezes em meio à poluição e ao barulho, e estão hipnotizadas pelas telas, em um estilo de vida cada vez mais sedentário. O projeto Criança e Natureza surge da sensibilização do impacto negativo do Transtorno do Deficit de Natureza, termo este cunhado pelo autor do livro ‘A última Criança na Natureza‘, Richard Louv, tem na saúde e no desenvolvimento das crianças. Entendendo que o ambiente natural é o seu habitat, o projeto trabalha com o objetivo de garantir que as crianças cresçam e se desenvolvam em contato direto com a natureza.

“O tema da reaproximação das crianças com a natureza ainda é um debate desarticulado e pulverizado, por isso reunimos no site diversos recursos para que os pais, familiares, educadores tenham acesso a um espaço de consulta. Queremos comunicar a sociedade sobre a importância e os impactos positivos que o contato da criança com a natureza contribui para o desenvolvimento integral infantil e para a preservação do planeta”, explica Laís Fleury, diretora do Projeto Criança e Natureza.

No site, lançado nesta quarta-feira (20), além da biblioteca há uma lista com os benefícios de estar ao ar livre, um espaço para a divulgação das ações do projeto, e materiais para incentivar os adultos a levarem as crianças para a natureza, entre eles o Clube Natureza em família, que disponibiliza um manual de como reunir famílias para passarem mais tempo juntas na natureza. As estratégias e ações são desenvolvidas para envolver famílias, educadores e o poder público nessa missão de reaproximar as crianças da natureza.

Acesse o site: criancaenatureza.org.br

Acompanhe as novidades pelo Facebook do projeto.

 

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